Monday, July 31, 2006

Aula 3 – 31/07/06


Hoje a aula do André fundiu minha cuca, ele começou assim como quem não quer nada, e de repente nos falou desde biologia, de evolução, a teorias da psicologia. Não que ele estivesse insinuando que somos todos doentes da cachola, aliás, só alguns. Fundamentos Científicos da Comunicação – lá vamos nós!
Iniciamos com as idéias de Fritjof Capra (físico teórico e escritor que desenvolve trabalho na promoção da educação ecológica) - que vê o todo como indissociável, de modo que o estudo das partes não permite conhecer o funcionamento do organismo, chamado paradigma holista ou sistêmico. Assim, a analise básica foi feita da seguinte maneira: sabemos que o corpo é formado por vários sistemas, estes formados por vários órgãos que por sua vez são formados por tecidos e por seguintes células.
A grande questão agora é posicionarmos as células como indivíduos já que possuem memória e uma dada responsabilidade. Um tecido, também será um outro ser, formado por células, mas que possui uma responsabilidade e uma função característica. Assim nós humanos somos formados por vários seres e a sociedade é um ser constituído por nós. A terra é um outro ser, formado pelos homens mais os animais. Logo a terra é um ser, que é parte constituinte do Sistema solar, e assim o raciocínio segue ao infinito.
Essa teoria é mais bem apresentada no livro “O Ponto de Mutação” cujo nome foi extraído de um hexagrama do I Ching – “Depois de uma época de decadência chega o ponto de mutação" - (um livro compilado por Confúcio que pode ser compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria na cultura oriental).
Todo esse conjunto de criações, de seres e existências possuem uma memória, uma bagagem ancestral, ou seja, um inconsciente.
Nosso objetivo de debate se encontra basicamente na teoria do Inconsciente Coletivo de Carl Gustav Jung.
Jung jamais conseguiu aceitar a insistência de Freud de que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum trauma de natureza sexual, e Freud não admitia o interesse de Jung pelos fenômenos espirituais como fontes válidas de estudo em si.
A teoria de Jung é que o Inconsciente Coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.
O que em Comunicação Social, nosso curso, é um excelente objeto de estudo.

Agora vem cá... Você deve imaginar essa aula ministrada em um laboratório ou sobre pilhas e pilhas de livros velhos e empoeirados, hein? Errado. O modo dinâmico e interativo foi a grande proposta do André. Essa coluna é só uma ínfima parte de toda essa terceira aula, “só para dar um gostinho”. As próximas aulas prometem viagens ainda mais distantes. Aguardem.

Saturday, July 29, 2006

O Eu-Mirabolante


O que é você?

Eu sou esse desacerto, essa incoerência astronomicamente desnecessária, esse vazio prolixo. “Um canalha de bom coração” repete o mantra na cadência do tempo. Sou esse jazz de palavras, de sentimentos, de sonhos. Sou esse disparate, esse sorriso nervoso e descontrolado, incontido, frouxo. Eu sou essa insanidade já cansada de tanto comedimento, essa vontade de ser o avesso, ser esse homem de muitas faces, poucos adjetivos e mil sonhos. Refaço caminhos, diálogos e momentos na esperança de mantê-los vivos. Talvez seja minha forma de protegê-los. Às vezes tenho medo de ser entendido, pois viver é impreciso e também tenho que me perder, cair no chão e olhar para o céu com os olhos chuvosos.
Fui assim educado... Com o silêncio e por muito tempo ele me acompanhou, mas infelizmente, filho do verbo que sou, nos cansamos, um ao outro, um do outro. Ser só eu às vezes cansa, às vezes falta, às vezes frustra... Então sou esses. Tem noites que não durmo, ás vezes são só lembranças, as vezes uma mulher que vive atravessada entre minhas pálpebras. Sou alguém de olhos sedentos de vida, que pode se perder a qualquer momento. Mas o que eu mais queria dizer a essas 3,4 pessoas que lêem este espaço é: Oi. Eu sou o Rodrigo e não sei quem sou, mas quero muito descobrir.

Tuesday, July 25, 2006

Aula 2 – 25/07/06

Aula 2, (?), xiii
Hoje o indefectível André Azevedo - “O” Cara- não compareceu a nossa “aula?”.
Então... Nosso trabalho foi “vagabundiar” pela biblioteca – “A” biblioteca.
A Biblioteca Central da Universidade de Uberaba (Uniube) conta com mais de 100.000 livros e 2.000 periódicos, ainda oferece acesso a Internet e empréstimos domiciliares de vídeos. Possui três terminais para consulta do acervo. E para desfrutar desse “Templo do Saber” (nossa, que horrível) com tudo que ela oferece é necessário apenas à apresentação de um documento pessoal e o número do RA, já que a universidade tem o cadastro de todos os seus alunos, certo? haha aiai Não!
Nós calouros ainda não existimos como ingressantes da universidade.
Ah... 2º dia de aula, vamos dar um desconto...Até estou me sentindo o maior caxias da universidade.
De qualquer forma foi um encontro bom, aproveitei o ensejo para conhecer meus colegas de curso. Estar em uma Universidade é muito diferente de qualquer outra instituição. È uma estrutura tão fantástica e tanta informação que "vezenquando" eu me perco.
Parece que vai demorar até eu me posicionar diante da responsabilidade de ser universitário. È um grande exercício de aprender a extravasar.
A idéia me agrada afinal "la realidad es un sentimiento” e "com medo ninguém consegue escrever” então... Avante!

Monday, July 24, 2006

Aula 1 – 24/07/06


Jogavamos Caxangá

Torrentes de suor, mãos frias, borboletas no estomago, confusão física e mental.
Não, isso não é nenhuma descrição de alguma doença psicopatológica qualquer. São apenas sensações que antecederam meu primeiro dia de aula.Porque eu só vejo o ponteiro dos segundos?
Bi biiii! O coletivo chegou. Na janela eu vejo meu reflexo amedrontado e cheio de dúvidas, um incerto, como um ébrio. Além da janela, além dos meus trejeitos de calouro refletidos, vejo pessoas na rua, muitas delas... Já é fim de tarde, algumas saindo do serviço outras já chegando em casa e mais à frente alguém desce, outros sobem e embalado nessa confusão cotidiana eu penso em ver além disso tudo. Então fecho os olhos e de repente um sorriso brota em meu rosto, pois me lembro que é um novo começo, um sonho antigo, mas uma vida nova, assim eu acredito é a minha vez de FAZER HISTÒRIA.
Cheguei. Dezenas de pessoas descem, mas mais parece um batalhão. Escuto alguém dizer: “rapaz, mas isso é grande, hein?”. É... Ele estava certo. Tão grande que chego a me perder uma, duas, três vezes rumo a quadra, onde serão apresentados os diretores dos cursos de graduação, como dizia o folder que me entregaram no dia da matricula.Desfile de diretores feito, turmas divididas lá vamos nós rumo a primeira aula. Esperei muito tempo para isso e ansiedade se torna um adjetivo minúsculo.
Trinta, quarenta pessoas em sala quando de repente ELES, como heróis míticos, cavaleiros do apocalipse adentram a sala, meus professores.
Após breves discursos vejo meu ídolo, o exemplo mais próximo de pessoa bem sucedida, André Azevedo, com um pacote na mão, provavelmente O livro, penso eu; não, não era. Era na verdade um amontoado de caixas de fósforo. Fizemos um circulo e começamos a brincar de “Escravos de Jó”. Conseguimos concluir a brincadeira e descobrimos que para concluir um objetivo, principalmente quando temos curto prazo, é necessário agir de forma organizada, em sintonia e nos respeitando mutuamente.Eu esperava um discurso do André, uma exposição ou argumentação ferrenha, mas de qualquer modo dada às devidas proporções da dinâmica foi tudo bem divertido.

Sunday, July 23, 2006

Preliminares


E então acordado de um sonho o desejo se fez realidade.
Enfim... Darei sentido ao sonho de me tornar, quem sabe, um escritor ou poeta ou cineasta ou um babaca-cretinizador em quatro anos, ou melhor, oito semestres, ou oito períodos, como quiser. Na verdade eu nunca tive um sonho de infância dentro dessas questões profissionais, mas uma paixão sempre me acompanhou e me persegue até os dias de hoje: aprender a me comunicar bem.Sim, é isso mesmo que você leu.
Expressar meus sentimentos, meus medos, minhas ânsias em um conjunto de letras, sons e imagens que conseguem adentrar aos mais recônditos abismos da minha alma me fazendo rir ou chorar, sonhar, ter medo ou coragem, me apaixonar... é no mínimo fantástico.
Talvez uma versão bem sucedida de Dean Moriaty (Neal Cassady)- em On The Road de Jack Kerouac – ou quem sabe um Arturo Bandini - personagem de Jonh Fante - dos trópicos?

Bem... Vamos ver no que isso vai dar, aguardem por tragédias, gargalhadas e confusões homéricas neste espaço virtual. Até o próximo post.